Oito milhões de mulheres, em especial na idade para ter filhos, sofrem duras dores e infertilidade. Pode ser a Endometriose: mal que muitas vítimas desconhecem. A doença está longe de ser rara, podendo acontecer da primeira à ultima menstruação e atacando nada menos que 10% das brasileiras, segundo as atuais estatísticas - taxa muito próxima à da diabete. Mesmo assim, permanece subestimada. Especialistas apontam como razão a banalização das dores femininas: cólicas, por mais intensas, seguem consideradas normais por grande parte do próprio sexo feminino e, até, por alguns médicos. O que atrasa o diagnóstico, agrava o caso e pode conduzir a cirurgias de grande porte. A Sociedade Brasileira de Endometriose calcula que 57% das pacientes sofrem de dores crônicas e, em 30%, a infertilidade ocorre. As causas ainda não estão bem definidas, mas acredita-se que, entre estas estão disfunções do organismo - como a que leva o sangue que flue pelas trompas durante a menstruação, a se depositar em outros órgãos, ao invés do endométrio (tecido que deve revestir o útero). Supõe-se que também seja necessária uma certa predisposição genética a deficiências do sistema imunológico. Quando diagnosticada a tempo, geralmente por meio de exames de ultrassom e ressonância magnética, existem vários tratamentos. Clínicos inclusive, via hormônios e analgésicos. Ou cirúrgicos, em casos piores, para a retirada dos focos. Atividade física regular é muito eficaz para o controle da doença: exercícios são essenciais! E a recomendação é que a paciente os pratique três ou quatro vezes por semana, por 30 a 40 minutos\vez. Caminhada, corrida, natação e bicicleta são ideais. Inclusive para ajudar também a evitar ou amenizar o estresse - outro gatilho comum no aparecimento da endometriose. E como é possível desconfiar que a endometriose pegou você? Quando a frequência e intensidade das cólicas é grande, melhor procurar seu médico. Isto em qualquer idade, etapa ou circunstância da vida. Enquanto você menstruar o endométrio pode se transformar em pesadelo. Independente até de já se ter tido filhos ou estar à beira da menopausa.
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