SOS – até 4 patas – ao drama turco

Hope, Malina, Joy e Mari: lá estão nossas heroínas 4 patas, buscando vida sob toneladas de ruínas e milhares de mortes já constatadas pós terremotos na Turquia. O cenário é de horror - em sete dias, nada menos de 35 mil cadáveres encontrados. Mas estas "meninas", do Corpo de Bombeiros de São Paulo, têm vivência no caos: a labradora Joy, aos 6 anos, entre outros desastres, atuou no pós rompimento da barragem em Brumadinho e na destruição causada em Petrópolis pelas tempestades do verão passado. Elas chegaram a Ancara, capital turca, em 10 de fevereiro, com o restante da missão brasileira: 22 bombeiros, 2 médicos militares e 2 integrantes da Defesa Civil. Seguem em ação até agora. A mesma aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) que os levou até aquele país, retornou ao Brasil, no domingo 12 de fevereiro, aterrissando no Aeroporto do Galeão (RJ), com brasileiros e estrangeiros considerados em situação vulnerável pela Embaixada Brasileira na Turquia. Entre estes, mulheres, pessoas doentes e crianças: foram 9, os brasileiros repatriados, além de mais três sírios, dois turcos, um egípcio e dois colombianos - todos buscaram a ajuda do Itamaraty, que, inclusive se responsabilizou pelo traslado dos repatriados às cidades de sua preferência. As autoridades brasileiras em Ancara avaliam agora quem permaneceu lá, deseja e pode retornar. A FAB deve voltar à Turquia em duas semanas para buscar parte da missão brasileira de socorro que ainda atua na terra arrasada. Inclusive os bombeiros paulistas e suas parceiras, as cadelas heroínas. O terremoto, de magnitude recordista de 7,8 graus na escala Richter, que arrasou a região central turca, também atingiu a Síria - país já severamente afetado por uma guerra civil de anos. De tanta desgraça e destruição, entretanto, algo de positivo e, até, louvável se fez: depois de 35 anos de um histórico conflito e muita violência, Armênia e Turquia reabriram fronteiras para facilitar o envio de ajuda humanitária às vítimas do sismo. No sábado, 11 de fevereiro, 5 caminhões armênios, lotados de água, alimentos e remédios, receberam autorização para entrar em solo turco, enquanto o vice-presidente da Assembléia Nacional armênia, Ruben Rubynian, celebrava via redes sociais: "Muito feliz em poder ajudar!"

SOS – até 4 patas – ao drama turco

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