Seis meses pós sancionada, como manda a Constituição, entra em vigor a lei que amplia os exames pelo SUS, de vários cânceres em mulheres. E desde a puberdade. A norma se refere especialmente à prevenção, detecção e tratamento dos cânceres no cólo uterino, mama e cólon ou reto: agora, elas têm direito a exames como mamografia, citopatologia e colonoscopia desde a adolescência até a terceira idade. Antes da lei de nº 14.335, nem todos estes procedimentos eram oferecidos, e só a mulheres a partir dos 40 anos. O texto alterou a norma antiga, datada de 2008, a partir de um projeto da ex-senadora Vanessa Grazziotin (AM). Para o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator final da norma no Legislativo, que é médico e já foi Ministro da Saúde, "trata-se de um grande avanço, que, por tornar possível o diagnóstico precoce, proporciona tratamento mais simples e resultados bem mais rápidos". Segundo pesquisas recentes, realizadas e divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer, cuidando apenas de tumores de mama, o SUS realizou em 2021, 3.497 439 mamografias em mulheres. Também naquele ano, foram estimados no Brasil, 66.280 novos casos do mesmo gênero da doença - representando 61,61 ocorrências a cada 100 mil mulheres. O câncer de mama lidera a incidência da anomalia entre brasileiras - representando 30,1% dos casos -, seguido pelo câncer de cólon e reto (9,7%), de útero (7%), de pulmão (6%) e tireóide (5,8%). Entre médicos e especialistas da Saúde feminina, é unânime a conclusão de que a melhor prevenção contra todos os tipos da doença, inclui, basicamente, a adoção de uma vida saudável, com mais alimentos naturais e muito menos processados, atividade física constante e hábitos de comportamento equilibrados. Tanto que estudos divulgados recentemente garantem que até 40% dos casos de câncer e metade das mortes por ele causadas não são provocados por determinação genética, acaso ou contaminação química: são resultado de hábitos de vida que podem ser mudados, desde que haja vontade e disciplina.
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