Nada além de 5% dos que concluem o ensino médio na rede pública, aprendem matemática o bastante para ser considerado adequado, afirmam especialistas em Educação. Conclusão a que chegaram, analisando os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2021. E o mais grave: em 16 dos Estados brasileiros não se alcança sequer este percentual. Há muito tempo, o grande vilão no aproveitamento de nossos estudantes é a matemática. E com a interrupção das aulas presenciais durante a quarentena da pandemia, a situação se agravou: menos 2% nos resultados já baixos obtidos em 2019 ( 7%). O alerta é do Instituto de Interdisciplinaridade e Evidências no Debate da Educação (IEDE) que tabelou os dados do último exame. A cada dois anos, alunos que terminam o ensino médio público são submetidos ao SAEB, com provas de matemática e português que atestam o grau do aprendizado nas matérias. Na verdade, o péssimo rendimento na disciplina já ficara claro desde quando foram conhecidos os resultados de 2021, quanto ao ensino fundamental. Enquanto, nos anos iniciais daquela fase escolar, o índice dos que aprenderam o suficiente em 2019, chegou a 47%, os do ano passado muito pouco superaram os 36%. E o ainda pior: nos anos finais da mesma fase escolar, os 18% que em 2019, aprenderam bastante, em 2021, ficaram reduzidos a 15,3%. É hora de esforço coletivo em socorro aos alunos do ensino público! Imprescindível que autoridades e profissionais da Educação atentem e ajam contra esta defasagem gigante no aprendizado. Especialmente quanto a Matemática, disciplina complexa em que apenas ler não basta: é indispensável também entender. Bom é que existem métodos que auxiliam a compreensão da matéria. E é possível ao próprio estudante e quem mais se disponibilizar a ajudá-lo, recorrer a eles, também fora da sala de aula. São técnicas simples, como só estudar quando estiver disposto física e mentalmente; manter determinação para fazer os exercícios e repeti-los sempre que necessário; reconhecer que não aprendeu direito operações básicas e voltar a estudá-las quando não conseguir resolver questões mais adiantadas; além de conhecer o histórico de cada fórmula antes de tentar simplesmente decorá-las - afinal, nenhuma delas foi inventada do nada... Matemática pode não ser este bicho papão todo!
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